por

Dell Xavier.

domingo, 10 de abril de 2011

Você decide. Ou não?

Por sentir a presença insuportável da indecisão, do ter que escolher, de ter que saber o que é melhor para si.

Quando pequena, não precisava escolher. Minha mãe, mais experiente, paciente e sábia fazia isso sem o menor esforço. Quase que naturalmente.
Escolhia em que escola eu iria estudar, que roupa iria vestir, que champu iria usar, o que eu iria comer... mas de repente você cresce, e é chegada a hora de tomar suas próprias decisões, fazer suas próprias escolhas.
E então vem a vontade de ser criança novamente, de ficar isento das consequencias de suas escolhas. Porque é pra isso que queremos voltar à infância: para não ter que decidir, e assim ser mais feliz, mais leve, mais pluma, mais sol, mais chuva, mais doce, mas nós.
Ter que aceitar o já decidido e ficar de birra por não poder contrariá-lo, porque alguém que sabe mais (e sempre há alguém que sabe muito mais) disse que isso é para o nosso bem.

Nesta instância, de suplicar que decidam por mim. De não suportar mais o peso das minhas escolhas inconsequentes, insensatas. As piores pra mim...


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